MPRJ//Polícia encontra R$ 6 milhões em imóvel de ex-secretário de Saúde do Rio/Divulgação |
A
Polícia Federal encontrou cerca de 6 milhões de reais em um imóvel de Edmar
Santos, ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, preso na manhã desta
sexta-feira. O dinheiro, que ainda está sendo contado, estava em um endereço em
Itaipava, distrito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Santos
é investigado por suspeitas de irregularidades em contratos emergenciais sem
licitação de quase um bilhão de reais do governo Wilson Witzel (PSC),
durante a pandemia do novo coronavírus. A ação faz parte de mais um
desdobramento da Operação Mercadores do Caos, desencadeada pelo Grupo de
Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público
(MP-RJ) em parceria com a Polícia Civil.
Edmar
Santos era o chefe do ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves, que
está preso. Em entrevista exclusiva a VEJA em abril, Neves revelou que as
compras da secretaria eram determinadas por Santos. Em Bangu 8, durante
depoimento aos promotores, o ex-subsecretário admitiu as irregularidades nos
contratos. Os dois foram exonerados dos cargos por Wilson Witzel. No entanto, o
governador deslocou Edmar Santos para outra função, mas a Justiça impediu o
ex-secretário de continuar trabalhando na gestão estadual.
“Nas
investigações sobre a organização criminosa que se infiltrou e se apoderou das
estruturas da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, foi identificado, além do
ex-subsecretário executivo Gabriell Neves, a presença de outro comandante
do grupo: o próprio Edmar Santos, que sempre alegou desconhecer a existência de
qualquer esquema de desvio de recursos e, mesmo, após a prisão preventiva de
membros da organização da qual fazia parte, continuou no cargo de secretário
por algumas semanas, até ser exonerado”, explicou o MP-RJ.
Na
denúncia apresentada à Justiça, o MP-RJ ressaltou que, mesmo após a descoberta
do esquema de desvio de recursos, a influência política de Edmar Santos
permaneceu no governo Witzel. “Como fundamento para a prisão preventiva, o MPRJ
aponta que, em liberdade, Edmar ainda pode adotar condutas para dificultar mais
o rastreamento das verbas públicas desviadas, bem como destruir provas e até
mesmo ameaçar testemunhas”, afirmaram os promotores.
Informações:
Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário