A decisão
de Joaquim Barbosa de desistir de ser candidato a presidente da República
vai trazer alívio para tucanos e candidatos de esquerda, já que o ministro
aposentado do Supremo Tribunal Federal tinha potencial para tirar votos tanto
do PSDB como de partidos do campo da esquerda e centro-esquerda. Mesmo sem ter
lançado oficialmente a pré-candidatura, Barbosa já pontuava acima de 10% em alguns
cenários de pesquisas de intenção de votos.
Ele
ficava à frente de Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, e em alguns cenários
também de Ciro Gomes (PDT). Chegava a empatar com Marina Silva (Rede). Por
isso, a cúpula do PSB, apesar de algumas divergências internas, estava
empenhada no lançamento da candidatura de Barbosa.
“Eu respeito à decisão
dele, mas lamento, porque a política está precisando ser oxigenada, e ele
poderia representar esse papel nesta eleição”, disse ao blog o
presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Joaquim
Barbosa ligou nesta terça-feira (8) logo cedo para Carlos Siqueira a fim de
avisá-lo de sua decisão. “Ele me ligou, agradeceu muito ao partido, mas disse que
por questões pessoais havia decidido não ser candidato”, afirmou
Siqueira.
O
presidente do PSB disse que entende a posição do ministro aposentado. “Candidatura é
uma questão pessoal, não dá para ser forçada, tem de vir do coração, e ele
entendeu que esse não era seu caminho”, disse.
Na
semana passada, Joaquim Barbosa havia tido uma reunião com a cúpula do PSB. Na
ocasião, chegou a avaliar a contratação de uma assessoria de imprensa para sua
candidatura, mas fez questão de deixar claro no encontro que ainda não havia
tomado uma decisão.
“O Congresso do PSB já
havia decidido que ou teríamos candidatura própria ou faríamos uma aliança com
candidatos do campo da centro-esquerda”, afirmou Carlos Siqueira,
ao ser questionado se havia a possibilidade de um apoio a Geraldo Alckmin, como
defende o governador de São Paulo, Márcio França (PSB).
Valdo Cruz/ G1
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