8 de maio de 2018

Desistência de Joaquim Barbosa agrada tucanos e candidatos de esquerda; PSB diz respeitar, mas lamenta decisão



A decisão de Joaquim Barbosa de desistir de ser candidato a presidente da República vai trazer alívio para tucanos e candidatos de esquerda, já que o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal tinha potencial para tirar votos tanto do PSDB como de partidos do campo da esquerda e centro-esquerda. Mesmo sem ter lançado oficialmente a pré-candidatura, Barbosa já pontuava acima de 10% em alguns cenários de pesquisas de intenção de votos.

Ele ficava à frente de Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, e em alguns cenários também de Ciro Gomes (PDT). Chegava a empatar com Marina Silva (Rede). Por isso, a cúpula do PSB, apesar de algumas divergências internas, estava empenhada no lançamento da candidatura de Barbosa.

“Eu respeito à decisão dele, mas lamento, porque a política está precisando ser oxigenada, e ele poderia representar esse papel nesta eleição”, disse ao blog o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Joaquim Barbosa ligou nesta terça-feira (8) logo cedo para Carlos Siqueira a fim de avisá-lo de sua decisão. “Ele me ligou, agradeceu muito ao partido, mas disse que por questões pessoais havia decidido não ser candidato”, afirmou Siqueira.

O presidente do PSB disse que entende a posição do ministro aposentado. “Candidatura é uma questão pessoal, não dá para ser forçada, tem de vir do coração, e ele entendeu que esse não era seu caminho”, disse.

Na semana passada, Joaquim Barbosa havia tido uma reunião com a cúpula do PSB. Na ocasião, chegou a avaliar a contratação de uma assessoria de imprensa para sua candidatura, mas fez questão de deixar claro no encontro que ainda não havia tomado uma decisão.

O presidente do PSB disse que vai convocar uma reunião da executiva do partido para tomar uma decisão daqui para a frente.

“O Congresso do PSB já havia decidido que ou teríamos candidatura própria ou faríamos uma aliança com candidatos do campo da centro-esquerda”, afirmou Carlos Siqueira, ao ser questionado se havia a possibilidade de um apoio a Geraldo Alckmin, como defende o governador de São Paulo, Márcio França (PSB).


Valdo Cruz/ G1

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