Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Em meio à crise com o presidente Jair
Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a
aliados que a reforma da Previdência está "acima do governo"
e que vai "blindar" a proposta.
"Não tem a ver com governo dele, ministro,
nada. É acima do governo dele, de ministros, de tudo. Vamos tocar",
disse ao blog.
Maia conversou sobre a estratégia da
Previdência com aliados no final de semana, como João Doria,
governador de São Paulo.
Eles discutiram o conteúdo da reforma da
Previdência que foi enviada pelo governo Bolsonaro – e ambos concordaram
que vão "mexer" para "ajustar" o texto.
Cogitou-se, inclusive, outro texto para a
Previdência – como o que havia sido enviado pelo governo Temer. Mas, segundo
o blog apurou, concluíram que o que será mexido, "com
emendas", será o texto enviado pela equipe de Paulo Guedes.
A propósito, João Doria foi além: disse que o
ideal também é "blindar Paulo Guedes", ministro da Economia.
"O ministro é muito importante. O
foco agora é a agenda Brasil, precisamos pacificar pela Previdência: se não
aprovar, o Brasil vira Venezuela e todos perdem. Não dá",
afirmou Doria à reportagem.
Diminuindo a
temperatura
Maia negou ao blog nesta
segunda-feira (25) que esteja em curso um "troco" nesta semana de
parlamentares insatisfeitos ao governo Bolsonaro. Ele defende, por exemplo, que
a Câmara não vote a derrubada do decreto anunciado por Bolsonaro que libera
turistas norte-americanos e de outros países de visto para entrada no
Brasil.
Como o blog mostrou na semana
passada, parlamentares avaliam derrubar o decreto para dar uma
espécie de recado ao governo, irritados com o tratamento do presidente ao
Congresso.
Maia, no entanto, disse ao blog que
é hora de evitar polêmicas e de trabalhar para "diminuir a
temperatura".
Blog
da Andréia Sadi
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