Foto: Divulgação
A tragédia
ambiental ocorrida de Brumadinho, Minas Gerais, já coloca em
risco a qualidade da água do Rio
São Francisco. A lama de
rejeitos minerais chegou ao Rio Paraopeba, um dos afluentes do Velho Chico, e está se deslocando em
direção à Usina de Retiro Baixo. Se não for contida, seguirá para a Represa de Três Marias e afetará o
rio mais importante do Nordeste.
Para discutir os riscos de contaminação e de comprometimento dos usos múltiplos
das águas, o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) propôs, nesta segunda-feira
(04), a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco.
“A Assembleia
Legislativa de Pernambuco participará dos debates e proporá ações que
visem preservar os usos múltiplos dos recursos do Velho Chico, fundamentais
para a fruticultura irrigada, a agricultura familiar, a pesca artesanal, o
abastecimento humano, a geração de energia elétrica e o turismo”, apontou. Além
do deputado Lucas Ramos, coordenador do grupo de trabalho, também integram o
colegiado os deputados Isaltino
Nascimento (PSB), Dulcicleide Amorim (PT), Roberta Arraes (PP), Fabrizio Ferraz
(PHS) e Cleiton Collins (PP).
De acordo com Ramos, a Frente cobrará um
posicionamento claro dos órgãos de controle ambiental, bem como aos que
respondem pela fiscalização e manutenção de barragens para que tragédias como a
de Brumadinho e de Mariana não se repitam. “A
sucessão de acidentes que vêm ocorrendo em Minas Gerais deve ser observada com
atenção pelos brasileiros. Cenas de horror de uma tragédia anunciada,
previsível, ocasionada, entre outros fatores, pela falta de ação dos setores do
poder público diretamente responsáveis pela regulamentação das barragens”,
afirmou. “Não podemos aceitar que a omissão da União seja colocada como regra”,
disse.
O impacto da chegada dos rejeitos de minério de ferro ao São Francisco já está sendo avaliado por especialistas e o objetivo da Frente Parlamentar é colocar luz sobre as consequências da contaminação. Para Neison Freire, da Fundação Joaquim Nabuco, os impactos podem ser minimizados. “Vamos indicar possíveis soluções para anteciparmos danos que venham a ocorrer na Bacia do São Francisco e afetem grande parte da população do Nordeste. Os metais pesados podem acometer os usos que o rio tem, desde a captação para consumo humano até a utilização nos grandes perímetros irrigados”, explicou o pesquisador.
O impacto da chegada dos rejeitos de minério de ferro ao São Francisco já está sendo avaliado por especialistas e o objetivo da Frente Parlamentar é colocar luz sobre as consequências da contaminação. Para Neison Freire, da Fundação Joaquim Nabuco, os impactos podem ser minimizados. “Vamos indicar possíveis soluções para anteciparmos danos que venham a ocorrer na Bacia do São Francisco e afetem grande parte da população do Nordeste. Os metais pesados podem acometer os usos que o rio tem, desde a captação para consumo humano até a utilização nos grandes perímetros irrigados”, explicou o pesquisador.
Blog da Folha
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