PT
e PSB estão rompidos em Pernambuco desde 2012 e a situação se radicalizou
quando os socialistas estaduais apoiaram, em 2016, o impeachment de Dilma.
O
ex-presidente Lula se encontrou, nesta quinta-feira (15), em São Paulo, com
Renata e João Campos, viúva e filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos, além do governador Paulo Câmara (PSB). A reunião ocorreu menos de dez
dias depois de o petista se mostrar favorável a uma reaproximação com os
socialistas, em entrevista ao radialista Geraldo Freire. No
carnaval, Paulo Câmara e o ex-prefeito do Recife João Paulo circularam juntos
em Bezerros, numa das principais festas do interior. A iniciativa preocupou a
oposição, encabeçada especialmente pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).
Segundo
o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, o encontro foi uma retribuição de
Renata à visita que Lula lhe fez quando veio ao Recife na caravana pelo
Nordeste. Mas ele também confirmou as conversas políticas entre os dois
partidos, que já acontecem há alguns meses. Para Sileno, ambos têm mais
“convergências do que divergências”.
NOTA
Uma
nota lançada no site de Lula diz que, no encontro, se discutiu as
“responsabilidades do PT e do PSB com o futuro do país”. “Conversaram sobre o
cenário político brasileiro e a responsabilidade do PT e do PSB com o futuro do
país, e por isso a importância dos dois partidos manterem o diálogo aberto
independente de alianças eleitorais. O PT, o PSB, o PDT, o PSOL, o PCdoB e
setores progressistas do PMDB criaram uma frente para discutir pontos em comum
para a superação da atual crise política pela qual passa o Brasil”.
Com
o acordo praticamente fechado por Lula e Paulo, retratado em fotos, o destino
dos petistas estaduais está selado, porque todos diziam que a prioridade de
2018 era a defesa do projeto Lula e sua defesa.
O
que mais incomoda os petistas do Estado, neste momento, é que toda conversa
está sendo feita de cima para baixo, entre as cúpulas partidárias. O PSB se
aliou ao senador Aécio Neves (PSDB) na eleição de 2014, no segundo turno, e
apoiou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Desde o ano
passado, contudo, a base do PT se prepara para lançar uma candidatura própria
em Pernambuco e apresentou nomes como o da vereadora Marília Arraes e do deputado
estadual Odacy Amorim.
Informações do Diário de Pernambuco


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