No futuro, a História poderá
classificar os governos Lula e
Dilma Rousseff como a grande oportunidade perdida pelo Brasil na marcha para um
tempo de política decente, economia dinâmica, sociedade justa e ecologia
sustentada. Lula, como líder, poderia ter sido nosso Mandula, o Mandela
brasileiro.
Ele tinha a liderança
necessária para pressionar os ricos, pedir paciência aos pobres, compreensão
aos sindicatos e garantir a democracia e os direitos humanos com diversidade,
para construir um Brasil progressista na distribuição de renda e no equilíbrio
com a natureza. Por se apegar ao poder, sem
causa transformadora, sem visão progressista, Lula roubou essa oportunidade do
Brasil. Ficou um político conservador, apegado ao poder e ao imediato, não foi
o estadista-metalúrgico que o Brasil esperava e precisava.
Hoje, ele poderia dar uma
contribuição, fazendo a autocrítica, admitindo onde errou, pedindo desculpas -
ele e o PT. Este seria o momento de nós políticos brasileiros também fazermos
nossa autocrítica. Como deixamos o Brasil sair da esperança para o medo, da
construção para a decadência?
Mas, no lugar disso, Lula e
o PT preferem cometer outro equívoco: negar que erraram, insuflar seguidores,
defendendo que se rasguem as leis e mantendo-se como candidato fora da democracia.
E os opositores comemorando a condenação de Lula, a perplexidade do PT.
Cristovam Buarque/HuffPost Brasil.
*Este artigo é de
autoria de colaboradores ou articulistas do HuffPost Brasil e não representa
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