16 de fevereiro de 2018

Intervenção será suspensa se houver consenso em Reforma.

Foto: Reprodução.

‘Desordem é a pior das guerras’, diz Temer ao assinar intervenção.

O presidente Michel Temer (MDB) assinou no início da tarde desta sexta-feira o decreto de intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Ao lado do governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (MDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também assinaram a ordem, Temer declarou que “a desordem é a pior das guerras” e que o crime organizado é uma “metástase que se espalha pelo país”. O emedebista confirmou que o decreto de intervenção, que impede a votação da reforma da Previdência, será suspenso se houver “condições” para que as mudanças nas aposentadorias sejam votadas na Câmara.

“O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro, é uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo, por isso acabamos de decretar, nesse momento, a intervenção federal na área da segurança pública no Rio de Janeiro. Os senhores sabem que eu tomo essa medida extrema porque as circunstâncias assim exigem”, afirmou o presidente.

Michel Temer ressaltou que a decisão da intervenção foi “construída em diálogo” com Pezão e confirmou que o interventor nomeado que comandará as forças de segurança no Rio é o general Walter Souza Braga Neto, comandante do Comando Militar do Leste, sediado no Centro da capital fluminense.

“A intervenção, registro a todos, foi construída em dialogo com o governador Luiz Fernando Pezão e eu comunico que nomeei o interventor, o comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Neto, que terá poderes para restaurar a tranquilidade do povo. As polícias e as Forças Armadas estarão nas ruas, nas avenidas, nas comunidades e, unidas, combaterão, enfrentarão e vencerão, naturalmente, aqueles que sequestram do povo as nossas cidades”, disse o presidente, que falou em “respostas duras e firmes” do governo para derrotar o crime organizado. “Por isso chega, basta, nós não vamos aceitar que matem nosso presente nem continuem a assassinar o nosso futuro”.

“Nossos presídios não serão mais escritórios de bandidos, nem nossas praças continuarão a ser salões de festa do crime organizado, nossas estradas devem ser rota segura a motoristas honestos nas vias, e nunca via de transporte de drogas ou roubo de cargas. A desordem, sabemos todos, é a pior das guerras, começamos uma batalha em que nosso único caminho só pode ser o sucesso e contamos naturalmente com todos os homens e mulheres de bem ao nosso lado, apoiando a sendo vigilantes nessa luta”, completou o presidente, que disse ser “intolerável” que haja “bairros inteiros citiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras”.

Sobre a votação da reforma da Previdência, principal agenda legislativa do governo Temer nos últimos meses, o presidente afirmou que combinou com Rodrigo Maia e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que a tramitação da PEC com as alterações nas regras para aposentadorias continuará em tramitação no Congresso e que a intervenção será interrompida se o Legislativo entender que há condições para a votação. Intervenções federais, como a decretada no Rio, impedem que sejam aprovadas emendas à Constituição. “Quando ela [a reforma] estiver para ser votada, segundo avaliação das casa legislativas, eu farei cessar a intervenção”, disse o presidente.



João Pedroso de Campos/ Veja

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