Foto: Sérgio Lima/ Poder360 |
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se no fim da tarde desta 3ª feira
(11.ago.2020) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com o líder
do PP e do Centrão, Arthur Lira (AL). Na saída, eles disseram que o teto de
gastos não pode ser alterado.
“Foi uma operação segura teto”,
disse Guedes à frente do ministério ao lado dos 2 deputados. “Não haverá nenhum apoio do Ministério da
Economia a furar o teto. Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar com o
fura-teto”, declarou ele.
Um
possível drible ao teto de gastos passou a ser assunto em Brasília por causa do
impacto da pandemia sobre a economia. O orçamento público deve ser ainda mais
comprimido em 2021.
Paulo
Guedes afirmou que 2020 teve despesas extras por causa da pandemia, mas que o
mercado compreende caso haja compromisso com o controle dos gastos na
sequência. “Esse ano é extraordinário [por causa da pandemia]“.
“Os conselheiros do presidente que estão
aconselhando a furar o teto estão levando para uma zona sombria”,
afirmou Paulo Guedes. “Para uma zona de
impeachment, para uma zona de irresponsabilidade fiscal“,
completou. Ele disse, porém, que Jair Bolsonaro apoia o mecanismo de controle
de despesas.
São
ventiladas duas principais teses para furar o teto. Manter no próximo ano o
estado de calamidade, que tira os efeitos da meta fiscal, ou prorrogar o
Orçamento de Guerra. “Se a
pandemia se extingue nesse ano, por que pediríamos a prorrogação para o ano que
vem?”, declarou Guedes.
“De forma nenhuma a Presidência [da
Câmara] vai pautar a prorrogação do Estado de calamidade”,
disse Rodrigo Maia. “Não podemos
olhar o endividamento público como solução”, declarou o deputado.
Ele
disse que o teto de gastos tem apoio suficiente na Câmara e que pressiona para
que os gastos públicos sejam melhorados.
Rodrigo
Maia disse que conversará com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
para que sejam pautadas as propostas do governo para economia, como pacto
federativo e a PEC emergencial.
“Essas PECs que o governo mandou no ano
passado é que são a solução”, afirmou Maia. “Você explode o teto de gastos de 1 lado e a economia
afunda do outro”, declarou.
“Tudo o que foi feito pelo governo nesse
período de pandemia foi necessário”, declarou Arthur Lira. Ele se
aproximou do Palácio do Planalto nos últimos meses. Bolsonaro tenta construir
uma base de apoio na Câmara, e Lira é peça-chave nesse esforço.
Além
da afirmação de que o dispositivo deve ser preservado, houve acenos
mútuos. “O Congresso
trabalhou durante a crise”, disse o ministro. Maia elogiou a
proposta de reforma tributária do governo. A relação entre o presidente da
Câmara e o ministro teve sobressaltos desde o começo do governo.
Informações:
Poder360
Nenhum comentário:
Postar um comentário