Leopoldo Silva/Agência Senado |
O
Senado aprovou nesta 3ª feira (23.jun.2020), em 1º turno, a PEC (proposta de
emenda à Constituição) que adia as eleições municipais de 4 de outubro para 15
de novembro. O placar final da votação foi de 67 votos a 8, com duas
abstenções. Eram necessários ao menos 49 votos favoráveis para aprovar o texto.
Ainda falta o 2º turno e a votação de destaques –trechos analisados
separadamente.
O
relator da matéria, Weverton (PDT-MA), também adiou por 40 dias –mesmo tempo do
pleito– todos os prazos relacionados às eleições. Prazos que já venceram,
entretanto, não serão alterados.
O
adiamento das eleições é discutido por causa da pandemia da covid-19. Há o
temor de que aglomerações causadas pelo processo eleitoral, na campanha e na
votação, facilitem a disseminação do novo coronavírus. Depois de finalizada a
análise dos senadores, o texto segue para a Câmara dos Deputados.
O
adiamento terá mais dificuldade para avançar entre deputados que entre
senadores. Quando ficou claro que prorrogar mandatos era uma hipótese fora de
cogitação, prefeitos que tentarão se reeleger passaram a fazer forte pressão
sobre a Câmara para derrubar o projeto.
A
ideia é que o 1º turno passe de 4 de outubro para 15 de novembro e que o 2º
mude de 25 de outubro para 29 de novembro. Assim, seria possível manter a posse
dos eleitos em 1º de janeiro. Como os atuais prefeitos têm as máquinas
municipais na mão e são, em geral, mais conhecidos que os potenciais
adversários, levam vantagem se o pleito for realizado o mais cedo possível.
Informações: Poder360
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