23 de abril de 2018

Pré-Candidatura de Marília Arraes cresce e também fragiliza oposição em PE




Existe um desejo de atores da dita oposição pela candidatura de Marília Arraes no sentido de forçar a existência de um segundo turno acreditando numa repetição de 2006 que levou Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Ocorre que há uma diferença elementar entre a postulação de Marília e aquele que representar a oposição em relação ao pleito que elegeu Eduardo Campos, porque não há qualquer relação política entre eles e Marília, diferentemente de 2006 quando Eduardo e Humberto estavam no mesmo campo político.

A eventual candidatura de Marília, que em pesquisas internas e externas se configura no grande fato novo da eleição, corre um risco real de polarizar com Paulo Câmara, deixando o nome oposicionista de fora da disputa de um eventual segundo turno, fragilizando um grupo que tem dois senadores, três ex-ministros e deputados federais e estaduais com algum tipo de representatividade.

Na hipótese de Marília Arraes ficar de fora do segundo turno, no calor da disputa envolvendo o PSB, o PT e o candidato do palanque de Temer, é pouco provável que o eleitor de Marília faça a escolha por um nome oposicionista. Essa conta é óbvia e imaginar que será diferente por parte da oposição é no mínimo ingenuidade.

O melhor quadro para a oposição é o de duas candidaturas do mesmo campo político ou uma disputa no mano a mano com o governador Paulo Câmara, porque quem desaprova o governador tende a marchar com um nome oposicionista. Com Marília no jogo, Paulo pode até perder pra ela, mas a oposição sairia mais desmoralizada caso ficasse de fora da segunda etapa. Portanto, a oposição torcer pela candidatura de Marília Arraes significa torcer pelo seu próprio ocaso.

Um levantamento realizado pelo Ibope para consumo interno dos partidos que estão na oposição ao governador Paulo Câmara, vide PTB, PSDB e DEM, constatou um expressivo resultado de Marília Arraes para governadora. Os nomes oposicionistas aparecem com metade das intenções de voto, bem abaixo de Marília, que está empatada com Paulo  Câmara. Por isso o desespero de Humberto Costa de tirar Marília do jogo, uma vez que ela se torna a única liderança política representativa do PT em Pernambuco.


Informações Blog do Edmar Lyra 

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