Os postulantes fizeram viagens por todo o
país em compromissos que pouco têm a ver com seus cargos; ambos negam
descumprir as normas
O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e o ministro Henrique Meirelles (Pedro
Ladeira/Folhapress)
Pré-candidatos
ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), têm usado aviões da Força
Aérea Brasileira (FAB) para viajar pelo país e participar de compromissos
muitas vezes estranhos aos cargos que ocupam. Em comum, ambos patinam nas
pesquisas de intenção de voto – aparecem com 1% na maioria dos cenários – e são
desconhecidos por boa parte do eleitorado.
O
uso de aviões da FAB é permitido para ministros do governo e para os
presidentes da Câmara, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. As aeronaves
podem ser solicitadas por motivos de segurança, emergência médica e viagens a
serviço. A FAB afirma que não é sua atribuição “apurar se os motivos das
solicitações de apoio são efetivamente cumpridos”.
A
assessoria da presidência da Câmara afirmou que Maia segue “estritamente as
normas” ao usar as aeronaves da FAB. O Ministério da Fazenda informou
que as viagens de Meirelles atendem a “convites para eventos empresariais”.
Maia,
que lançou na semana passada sua pré-candidatura, voou 63 vezes com aeronaves
da FAB desde dezembro – 33 delas para o Rio, seu domicílio eleitoral.
No dia 28 dezembro, quando já tentava viabilizar seu nome na corrida pelo
Planalto, Maia foi a Salvador participar da inauguração de uma creche ao lado
do prefeito ACM Neto, que assumiu a presidência do DEM.
Também
durante o recesso parlamentar, no início de janeiro, o presidente da Câmara foi
a Vitória para a assinatura de convênios e repasses ao Espírito Santo. Foi
recebido como líder nacional. Em 6 de fevereiro, o pré-candidato esteve em São
Paulo para uma conversa com o prefeito João Doria (PSDB). Um dos temas na
pauta foi justamente o cenário eleitoral.
Por:
Estadão Conteúdo/ VEJA
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