Foto: Joel Saget/AFP |
A
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou uma mudança no
protocolo de pesquisa da vacina de Oxford contra a Covid-19 nesta segunda-feira
(10). Os voluntários que participam do estudo irão tomar uma segunda dose da
vacina.
Além
dessa mudança, a agência autorizou a ampliação da faixa etária para a
realização dos testes. Com isso, voluntários com idade de 18 a 69 anos poderão
participar da pesquisa.
A faixa etária inicialmente aprovada era dos 18 a 55 anos. A dose de reforço,
segundo a Anvisa, será dada aos voluntários que já haviam sido vacinados e
também aos que ainda vão entrar para o estudo.
A inclusão da segunda dose na pesquisa foi motivada pela publicação de alguns
resultados que mostraram que a dose de reforço aumenta a chance de imunização.
O intervalo para a segunda dose dos participantes deve ser de quatro semanas.
Para os voluntários que já passaram pelo estudo, a segundo dose deve ser
aplicada no prazo de quatro a seis semanas. Neste caso, a variação do prazo se
deve à necessidade de entrar em contato com os voluntários e mobilizá-los
novamente para a aplicação da dose de reforço.
A Anvisa autorizou a mudança da pesquisa com base nos dados de segurança
apresentados até o momento. A expectativa é que a segunda dose acrescente
informação aos estudos e sobre a forma pela qual essa vacina poderá ser usada
no futuro.
Caso
se comprove a eficácia da vacina, o governo federal já tem garantidas 100
milhões de doses para o Brasil.
A Fiocruz e a AstraZeneca assinaram no dia 31 de julho o documento que dará
base para o acordo entre os laboratórios para a transferência de tecnologia e
produção das doses da vacina contra a Covid-19.
O governo federal assumiu parte dos riscos tecnológicos do desenvolvimento da
vacina. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será
ampliada a compra.
A previsão para início da produção da vacina no Brasil é a partir de dezembro
deste ano. Ela será distribuída pelo PNI (Programa Nacional de Imunização), que
atende o SUS (Sistema Único de Saúde). O governo assinou na quinta-feira (6)
uma medida provisória, com valor de quase R$ 2 bilhões, para custear a vacina
no Brasil.
Informações:
Folhapress
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