Foto: Bernardo Portella / Fiocruz imagens |
A
Fiocruz, do Ministério da Saúde, e a AstraZeneca assinaram nesta sexta-feira
(31) o documento que dará base para o acordo entre os laboratórios para a
transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra
a Covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança.
O
entendimento é o passo seguinte às negociações realizadas pelo governo federal,
a Embaixada Britânica e o laboratório AstraZeneca.
O
Ministério da Saúde prevê um investimento de R$ 522,1 milhões na estrutura de
Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos.
O
objetivo é ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas e tecnologia
disponível para a proteção da população.
Mais
R$ 1,3 bilhão são referentes a pagamentos previstos no contrato de encomenda
tecnológica. Os valores contemplam a finalização da vacina.
"Demos mais um passo importante para a formalização do acordo entre os
laboratórios. Essa ação do governo federal significa um avanço para o
desenvolvimento de tecnologia nacional e de proteção da população
brasileira", afirmou Camile Giaretta, diretora de Ciência e Tecnologia do
Ministério da Saúde.
O
memorando de entendimento define os parâmetros econômicos e tecnológicos para a
produção da vacina da Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford e que
já está em fase de estudos clínicos no Brasil e em outros países.
O
acordo prevê o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro
deste ano e garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha
condições de produzir a vacina de forma independente.
O
acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo
brasileiro e governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da
Saúde.
O
próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, previsto
para a segunda semana de agosto, que garante acesso a 100 milhões de doses do
insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70
milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.
A
Fiocruz recebeu informações técnicas fornecidas pela AstraZeneca necessárias
para a definição dos principais equipamentos para o início da produção
industrial.
Com
experiência em produção de vacinas, a instituição também colocará à disposição
sua capacidade técnica a serviço dos esforços para a aceleração do
escalonamento industrial da vacina junto a outros parceiros.
Ao
mesmo tempo, a Fiocruz constituiu um comitê de acompanhamento
técnico-científico das iniciativas associadas às vacinas para a Covid-19.
O
comitê é coordenado pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da
Fiocruz, Marco Krieger, e tem a participação de especialistas da Fiocruz e de
instituições como USP, UFRJ e UFG.
O
acordo com a AstraZeneca permitirá, além da incorporação tecnológica desta
vacina, o domínio de uma plataforma para desenvolvimento de vacinas para
prevenção de outras enfermidades, como a malária.
Informações: FolhaPress
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