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Após o rompimento do PSDB de Bruno Araújo, do
DEM de Medonça Filho com o palácio do campo das princesas e com o impasse
envolvendo o senador Fernando Bezerra Coelho, Jarbas Vasconcelos e Raul Henry
pelo comando do MDB estadual, nasceu em Pernambuco um grupo de oposição
bastante consistente e experiente, para fazer frente ao governador Paulo Câmara
(PSB) e a hegemonia do PSB nos 12 anos no estado de Pernambuco.
A
princípio a idéia era lançar duas candidaturas, Armando Monteiro pelo PTB e
Fernando Bezerra Coelho pelo MDB, com isso forçaria um segundo turno, o que em
tese fragilizaria o governador Paulo Câmara e daria chances reais para que
Armando ou Fernando conseguisse vencer as eleições. Por
não ter conseguido o comando do MDB estadual, Fernando Bezerra Coelho ficou sem
um partido para chamar de seu e que lhe credenciasse para a disputa ao governo
do estado. Resultado, Fernando saiu do páreo e Armando foi confirmado como o
candidato a governador do grupo de oposição e Mendonça Filho ocupou uma das
vagas para disputar o senado na chapa majoritária de Armando. Com uma vaga de
candidato a senador e a de vice-governador em aberto, Armando não teve pressa
de preencher essas vagas, pois isso poderia atrair alguns partidos
insatisfeitos com o palácio do campo das princesas, reforçando ainda mais sua
base.
A força de Bruno Araújo
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Com
o arquivamento do inquérito que investigava sua participação em esquemas de
corrupção, Bruno tirou um grande peso das costas e se livre para pleitear o
cargo que quisesse dentro da oposição, pois o discurso que não poderia arriscar
seu mandato de deputado federal para não perder o foro privilegiado, já não era
mais necessário. Tendo sido um dos primeiros a formar o grupo de oposição e
sabendo da importância do PSDB para o êxito do projeto da oposição em
Pernambuco, Bruno resolveu preencher a vaga do 2º candidato a senador na chapa
de Armando. Essa definição de Bruno geral um mal-estar dentro do grupo da
oposição e o senador Armando Monteiro tratou lodo de dar as cartas dizendo que
quem coordenava o processo era ele. Essa declaração não agradou a cúpula do
PSDB e muito ao Dep. Bruno Araújo. Se o clima já estava azedo, ficou ainda pior
depois da visita do senador ao ex-presidente Lula, na carceragem de Curitiba. A
não aceitação do nome de Bruno para a segunda vaga de senador, fez com que o PSDB
e Bruno Araújo saíssem do palanque da oposição e decidissem caminhar com as
próprias pernas nestas eleições.
Com
medo de perder outros partidos e importantes aliados na conjuntura da oposição,
o senador Armando Monteiro foi atrás do prejuízo e conseguiu reverter a
situação, mas para isso teve que aceitar Bruno como o segundo senador além de
declarar apoio irrestrito ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) em
Pernambuco. Se não tivesse feito essa costura política, Armando poderia perder
além do PSDB, perderia também o DEM de Mendonça Filho e consequentemente o
apoio de Fernando Bezerra Coelho, e principalmente perderia o apoio de
prefeitos de cidades importantes que são aliados de Bruno Araújo.
Essa
força do PSDB e principalmente de Bruno Araújo, mostra que Armando ainda é um
político frágil, mesmo tendo uma carreira política consolidada, honrosa e
exitosa, e com uma base de apoio ampla e consistente, Armando ainda está longe de ser aquele político que represente o
desejo de mudança que o povo pernambucano anseia.
Diogenes Ramos/ Blog do DidiRamos
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