28 de julho de 2018

A FRAGILIDADE DE ARMANDO MONTEIRO.


Foto: Divulgação

Após o rompimento do PSDB de Bruno Araújo, do DEM de Medonça Filho com o palácio do campo das princesas e com o impasse envolvendo o senador Fernando Bezerra Coelho, Jarbas Vasconcelos e Raul Henry pelo comando do MDB estadual, nasceu em Pernambuco um grupo de oposição bastante consistente e experiente, para fazer frente ao governador Paulo Câmara (PSB) e a hegemonia do PSB nos 12 anos no estado  de Pernambuco. 
A princípio a idéia era lançar duas candidaturas, Armando Monteiro pelo PTB e Fernando Bezerra Coelho pelo MDB, com isso forçaria um segundo turno, o que em tese fragilizaria o governador Paulo Câmara e daria chances reais para que Armando ou Fernando conseguisse vencer as eleições. Por não ter conseguido o comando do MDB estadual, Fernando Bezerra Coelho ficou sem um partido para chamar de seu e que lhe credenciasse para a disputa ao governo do estado. Resultado, Fernando saiu do páreo e Armando foi confirmado como o candidato a governador do grupo de oposição e Mendonça Filho ocupou uma das vagas para disputar o senado na chapa majoritária de Armando. Com uma vaga de candidato a senador e a de vice-governador em aberto, Armando não teve pressa de preencher essas vagas, pois isso poderia atrair alguns partidos insatisfeitos com o palácio do campo das princesas, reforçando ainda mais sua base.

A força de Bruno Araújo

Foto: Divulgação

Com o arquivamento do inquérito que investigava sua participação em esquemas de corrupção, Bruno tirou um grande peso das costas e se livre para pleitear o cargo que quisesse dentro da oposição, pois o discurso que não poderia arriscar seu mandato de deputado federal para não perder o foro privilegiado, já não era mais necessário. Tendo sido um dos primeiros a formar o grupo de oposição e sabendo da importância do PSDB para o êxito do projeto da oposição em Pernambuco, Bruno resolveu preencher a vaga do 2º candidato a senador na chapa de Armando. Essa definição de Bruno geral um mal-estar dentro do grupo da oposição e o senador Armando Monteiro tratou lodo de dar as cartas dizendo que quem coordenava o processo era ele. Essa declaração não agradou a cúpula do PSDB e muito ao Dep. Bruno Araújo. Se o clima já estava azedo, ficou ainda pior depois da visita do senador ao ex-presidente Lula, na carceragem de Curitiba. A não aceitação do nome de Bruno para a segunda vaga de senador, fez com que o PSDB e Bruno Araújo saíssem do palanque da oposição e decidissem caminhar com as próprias pernas nestas eleições.

Com medo de perder outros partidos e importantes aliados na conjuntura da oposição, o senador Armando Monteiro foi atrás do prejuízo e conseguiu reverter a situação, mas para isso teve que aceitar Bruno como o segundo senador além de declarar apoio irrestrito ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) em Pernambuco. Se não tivesse feito essa costura política, Armando poderia perder além do PSDB, perderia também o DEM de Mendonça Filho e consequentemente o apoio de Fernando Bezerra Coelho, e principalmente perderia o apoio de prefeitos de cidades importantes que são aliados de Bruno Araújo.


Essa força do PSDB e principalmente de Bruno Araújo, mostra que Armando ainda é um político frágil, mesmo tendo uma carreira política consolidada, honrosa e exitosa, e com uma base de apoio ampla e consistente, Armando ainda está longe de ser aquele político que represente o desejo de mudança que o povo pernambucano anseia. 


Diogenes Ramos/ Blog do DidiRamos

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