G1 consultou todas as
pastas cujos ministros são políticos. Por lei, ministros que quiserem se
candidatar precisam deixar cargos seis meses antes da eleição; prazo termina em
7 de abril.
A três semanas do fim do prazo previsto em
lei, ao menos nove ministros do governo Michel Temer planejam deixar os
cargos para disputar as eleições deste ano (veja a lista mais abaixo e saiba
como está a definição dos sucessores nos ministérios).
Outros dois ministros ainda não decidiram se
vão deixar os cargos (mas podem sair); cinco já disseram que permanecerão no
governo; e dois não responderam ao questionamento do G1.
Nesta semana, o G1 consultou todas
as pastas cujos ministros são políticos ou têm mandato parlamentar.
Por lei, os ministros que quiserem se
candidatar na eleição de outubro precisam deixar os cargos seis meses antes do
pleito, prazo que neste ano terminará em 7 de abril.
Lista
Saiba abaixo os ministros que, segundo as
assessorias, planejam deixar os cargos até o mês que vem:
Marx Beltrão (MDB-AL): Turismo
Ricardo Barros (PP-PR): Saúde
Sarney Filho (PV-MA): Meio Ambiente
Fernando Coelho Filho (sem partido-PE): Minas
e Energia
Maurício Quintella (PR-AL): Transportes
Leonardo Picciani (MDB-RJ): Esporte
Osmar Terra (MDB-RS): Desenvolvimento Social
Mendonça Filho (DEM-PE): Educação
Helder Barbalho (MDB-PA): Integração Nacional
Abaixo, a lista dos ministros que, segundo as
assessorias, ainda estão em dúvida:
Henrique Meirelles (PSD-SP): Fazenda
Gilberto Kassab (PSD-SP): Ciência, Tecnologia
e Comunicações
Veja abaixo os ministros que decidiram
ficar no governo:
Eliseu Padilha (MDB-RS): Casa Civil
Moreira Franco (MDB-RJ): Secretaria-Geral
Carlos Marun (MDB-MS): Secretaria de Governo
Raul Jungmann (PPS-PE): Segurança Pública
Blairo Maggi (PP-MT): Agricultura
O G1 não obteve resposta dos
ministros:
Alexandre Baldy (PP-GO): Cidades
Aloysio Nunes (PSDB-SP): Relações Exteriores
Sucessores
O presidente Michel Temer tem discutido com
os auxiliares mais próximos os nomes cotados para os ministérios e
eventuais trocas dos partidos que comandam as pastas. O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, por
exemplo, fez uma rodada de conversas com os ministros que podem sair para
discutir a sucessão e lideranças de seus partidos. De acordo com o colunista do G1 e
da GloboNews Gerson Camarotti, Temer decidiu que o ministro que deixar o cargo só
poderá indicar sucessor que estiver alinhado com o Planalto e com o
candidato do governo nas eleições de outubro. O Planalto tenta acertar que, para continuar
à frente dos ministérios, os partidos terão de garantir apoio nas votações no
Congresso e defender o governo na campanha eleitoral. Aliados defendem
fidelidade ao governo
Dificuldades
Apesar da intenção, o governo enfrenta
dificuldades para assegurar alianças eleitorais neste momento.
O PP, por exemplo, tem a expectativa de continuar
com o Ministério da Saúde após a saída de Ricardo Barros mas incentiva a pré-candidatura do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, por sua vez, já disse que não
será o candidato responsável por defender o "legado" do governo
Temer.
Além disso, há disputas nos partidos para
decidir quem comandará os ministérios após a reforma. No caso da pasta do
Desenvolvimento Social (MDS), a disputa ocorre dentro do MDB-RS. O atual
secretário-executivo, Alberto Beltrame, e o deputado federal Jones Martins são
cotados para o cargo.
Situação semelhante acontece no MEC, onde a
secretária-executiva, Maria Helena Guimarães de Castro, pode herdar a cadeira
de Mendonça Filho. O mesmo pode ocorrer no Esporte, com a possibilidade de
escolha de Fernando Avelino Boeschenstein Vieira para a vaga de Leonardo
Picciani.
No Ministério Minas e Energia, segundo o Blog
do Camarotti, o controle do ministério é disputado por dois senadores do
MDB: Edison Lobão (MA) e Eduardo Braga (AM). Os parlamentares gostariam de
indicar o nome do substituto de Fernando Coelho Filho, que deve concorrer a
deputado federal.
Por Guilherme Mazui e Filipe Matoso, G1, Brasília.
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